Com o advento e a crescente utilização das tecnologias, tem se notado o aumento considerável das consultas nos consultórios de Oftalmologia. Quando sentimos alguma dificuldade visual, logo associamos a necessidade de usar ou trocar os óculos. Em muitos dos casos, após a consulta com o Oftalmologista é importante ser avaliado pelo Ortoptista, que é o profissional qualificado para identificar e quantificar, possíveis distúrbios da visão binocular (uso simultâneo dos olhos), dentre eles a ambliopia, a insuficiência de convergência, dificuldade da mudança de foco (longe/ perto), entre outros e traçar a conduta adequada por meio de tratamento Ortóptico e Pleóptico, com o intuito de restabelecer o sistema sensorial e motor da visão.
Em alguns casos existe a necessidade de um rastreamento para avaliar as disfunções no processamento percepto-visual, como na Síndrome de Irlen, que tem contribuição considerável na queda do rendimento visual, onde funções, como, discriminação visual, memória visual, relação espacial, constância de formas e memória sequencial, se apresentam alteradas.
Sintomas como, dores de cabeça, embaralhamento, embaçamento, fotofobia (sensibilidade à luz), leitura lenta e a pouca compreensão do que está sendo lido, podem estar relacionados com estes distúrbios. Para muitas pessoas, independente da idade, com acuidade visual normal ou corrigida, a leitura e o aprendizado podem ser tarefas desagradáveis, gerando baixo aproveitamento escolar e profissional. Por isto é necessário além dos olhos sadios, um perfeito processamento neurovisual.
Autores:
Rejane Pereira – Ortoptista – CBOrt. 0314/0042
Mauro Silva – Ortoptista – CBOrt. 0414/0043